sexta-feira, 2 de abril de 2010

Arriscar-se

Impulsionada por minhas últimas vivências, sensações e percepções das pessoas e fatos, volto a escrever hoje sobre “o risco”.

Procurando o significado da palavra encontrei uma tradução feita por Rita Amaral de um texto intitulado “To Risk”, de autor desconhecido. E é por esse texto que começo. Depois... minhas percepções.

Rir é correr o risco de parecer um tolo.
Chorar, é correr o risco de parecer sentimental.
Abrir-se para alguém é arriscar envolvimento.
Expor os sentimentos é arriscar a expor-se a si mesmo.
Expor suas idéias e sonhos é arriscar-se a perdê-los.
Amar é correr o risco de não ser amado.
Viver é correr o risco de morrer.
Ter esperanças é correr o risco de se decepcionar.
Tentar é correr o risco de falhar.

De novo o título...

Arriscar-se

Vale a pena correr riscos?

Vale a pena correr o risco de se apaixonar?

Vale a pena correr o risco de confiar em todos os seus “amigos”?

Vale a pena correr o risco de investir suas poucas economias em um negócio próprio?

Vale a pena correr o risco de investir toda sua energia em um relacionamento?

Vale a pena correr o risco de deixar o carro na rua para economizar R$1,50 por hora?

Vale a pena correr riscos de modo geral?

Por que “o risco”, o “arriscado” atrai a tanta gente? Por que muitas vezes as pessoas se envolvem em situações que podem simplesmente lhe tirar o sono, trazer sofrimento, dores, perdas (por vezes irrecuperáveis)?

Bobos os que pensam que correndo riscos (para ter um pouco mais de emoção, novidades, prazeres...) acreditam que nada, absolutamente nada de ruim os atingirá.

Quem acredita piamente na fidelidade, na discrição ou (pior!) no silêncio de alguém cai em um enorme problema: ter que contar com a sorte! Isso não é algo bom a se fazer. Mas por que tantos insistem em arriscar??? Talvez por ingenuidade, talvez por não temer. Na realidade parece que como estas pessoas já viram muita gente fazer (ou até já fizeram) várias imprudências sem sofrer nenhuma consequência, pensam que tem sorte e arriscam (mais uma vez).

Arriscar-se às vezes pode ser bom, excitante, revelador. O risco e o fracasso decorrente dele pode ser bom, pois pode ensinar (como fazer ou como nunca mais fazer...). Porém as consequências de determinados atos devem sempre ser avaliadas (antes mesmo que elas aconteçam). Vou sofrer com isso? Machucarei alguém fazendo algo? Conseguirei dormir tranquilo agindo assim?...


É claro que cada um sabe de si, mas se algo ruim pode ser evitado, por que não evitar? É melhor não arriscar, ou melhor, é melhor não arriscar quando as consequências não valerem a pena.


Pense nisso!

by Arice

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