sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Nossas vidas

Há muito tempo penso em retomar a escrita, fazia muito isso nos tempos de colégio: poemas enamorados, pequenas crônicas, bilhetes apaixonados, cartazes debochados... Nunca parei de escrever, virei professora e a escrita é meu ofício. Porém escrevo sobre Português, tecnologias, ensino, aprendizagem, textos e “gramaticagens”. E hoje me proponho a escrever sobre a vida, talvez a minha, quem sabe a sua. Na verdade este texto não tem um destinatário específico, escolhido a dedo, pode ser você sim, mas pode passar reto ao seu olhar.
Vamos lá...
È inegável que assim que sol nasce, ou seja, todo o santo dia a vida nos oferece oportunidades para sermos pessoas melhores, sermos pessoas de bem. Quem não quer isso? Quem não quer ser lembrado por suas boas ações, por seus discursos e belas práticas? Como fazer isso? Como ser alguém melhor? Como não cometer erros? E pior: como não cometer os mesmo erros? Pior ainda: como não cometer os mesmos erros e com as mesmas pessoas?
Ações concretas: podemos ceder nosso lugar no ônibus apertado para uma senhora de maior idade? É, até podemos, mas na verdade não ando de ônibus... Podemos passar para a direita e deixar o carro que vem apressado passar a nossa frente? É, até podemos, mas normalmente eu que sou a apressada... Podemos fazer muitas coisas: ligar para aquela amiga que teve bebê, visitar aquela irmã que mora longe, procurar aquele amigo que anda meio depressivo, economizar um pouco mais de dinheiro e fazer aquele mochilão pelo Nordeste combinado há tempos com aquela grande amiga, voltar para academia, visitar um psicólogo (principalmente aqueles que são bem amigos da gente), levar a mãe e a vó para tomar um chá, comprar mantimentos e entregar no asilo, sei lá... são tantas coisas boas que podemos fazer... mas, inúmeras vezes, escolhemos deixar esses atos de lado.
Vida conturbada, milhões de problemas para resolver, lidar contigo, com a mãe, com o irmão, com o ex, com o futuro namorado, com a sogra, com a filha, com o primo, com o vizinho... meu Deus temos que lidar com tanta gente e não podemos errar com elas... e o mais difícil: não podemos errar com nós mesmos! Acontece que todo dia a vida nos oferece, também, oportunidades de sermos pessoas não tão boas assim: seguir sentado no ônibus, deixar para ligar amanhã, avançar um sinal, fechar um cruzamento, ser bruto com as palavras, faltar à academia, não dar atenção a quem merece, a quem nos ama... Algumas dessas ações nós escolhemos sem mesmo nos dar conta de que, no fundo, são atitudes erradas, ações que ferem o outro e que ferem, principalmente, a nós mesmos!
Justificativas para nossos erros sempre temos: pressa, medo, falta de tempo, esquecimentos, receio, falta de coragem, preguiça, meu passado... Termina um dia e estamos cansados, cansados de fazer as coisas do nosso trabalho, cansados de morar naquela casa, cansados de perguntas, cansados das mesmas respostas. Estamos cansados do dia de hoje ser igual ao de ontem...
Podemos mudar nossas vidas? Sim podemos! Felizmente é possível mudar nossas vidas e todas aquelas atitudes que nos cercam e não nos fazem bem, é possível mudar simplesmente mudando a nós mesmos.

3 comentários:

  1. Amiga!! Realmente a vida é uma caixinha de surpresas, problemas, delírios, tentativas, enfim mas só depende de nós única e exclusivamente tentarmos ser felizes. Errando é que se aprende, vivendo que se vive e assim chegaremos em nós mesmos.

    bjs!!!

    ResponderExcluir
  2. Amiga... amei o texto, amei o blog e a oportunidade de te ter mais perto... "I'm so tired..." Beijo!

    ResponderExcluir
  3. Já sou fã do seu blog e dos seus textos amiga!!! Certamente marcarei presença no seu blog... PARABÉNS!! E que venha próximo!! Bjokas no coração, Eliane.

    ResponderExcluir